Não é de hoje que os inventores do futebol lutam contra o estigma de serem coadjuvantes em Copas do Mundo. Nem o contestado título da Copa de 1966 conseguiu colocar os ingleses no patamar das grandes potências do futebol. Por isso para a Copa de 2010 a Federação Inglesa não poupou esforços pra que o English Team deixe de ser coadjuvante e seja um dos grandes protagonistas na África do Sul.
Para mudar o perfil, a Federação Inglesa tentou insistentemente a contratação de Fábio Capello, que possuía exatamente o perfil que os ingleses procuravam alguém linha dura e experiente. O acordo saiu em 2008, e Capello hoje tem o maior salário entre todos os técnicos de seleções do mundo, cerca de R$ 19,6 milhões por temporada, mas também uma enorme pressão nas suas costas, pois a ânsia do povo inglês por essa conquista é enorme, portanto não pode haver nenhum erro.
O time de 2010 tem como base a seleção que disputou a copa, da Alemanha em 2006, mas com algumas ausências importantes. O gol continua sendo a grande dor de cabeça. O dono da meta em 2010 é David James, goleiro do Portsmouth, tão inseguro quanto seu antecessor Paul Robinson. O problema na meta inglesa é tão grave que foi inclusive ventilada a naturalização do atabalhoado goleiro espanhol Manuel Almunia do Arsenal. Já na lateral direita está um dos grandes trunfos, já que Glenn Johnson vive uma grande fase e conta com a confiança do treinador, tem tudo para ser um dos destaques do mundial. A zaga, considerada uma das mais seguras do mundo acabou perdendo um dos seus pilares com o corte do capitão Rio Ferdinand, mas ainda conta com o “paredão” John Terry, que formará dupla provavelmente com Ledley King. A lateral esquerda é de Ashley Cole, dono indiscutível da posição há vários anos, mas que não vive uma grande fase faz algum tempo.
O meio de campo inglês é de encher os olhos de qualquer admirador do bom futebol. A segurança de Garreth Barry, o jogo objetivo de Frank Lampard e a maestria do novo capitão Steven Gerrard se casam perfeitamente, e os três têm tudo para “voar” na África do Sul. A grande ausência será David Beckham, que está machucado, brigam pela vaga deixada por ele, Aaron Lennon e Shawn Wright-Phillips. No ataque, uma das vagas é Emile Heskey centroavante de 32 anos que nunca foi unanimidade por parte dos ingleses por não ser tão habilidoso, mas apesar das críticas possui grande faro de gol.. Já o companheiro de Heskey é a grande esperança do povo inglês para o sucesso da equipe. Wayne Mark Rooney é marcado tanto pelo seu temperamento explosivo como pela sua enorme habilidade par jogar futebol. O “Shrek” como é carinhosamente chamado pelos inglleses é a chave do suceso do English Team em 2010. Se Rooney não fizer uma grande Copa, a Inglaterra não irá muito longe.
O que o povo inglês mais quer é que em 2010, a estigma da equipe que só ganha quando o apito ajuda suma de vez do mapa das Copas. Time e comando para isso eles têm, resta saber se a camisa vai pesar nas horas decisivas como tem acontecido nos últimos 44 anos.
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