Na Copa da Alemanha, há quatro anos, Maradona chamava atenção pela sua extravagância nas arquibancadas dos estádios em que a Argentina ia jogar. Com a camisa da seleção que o consagrou mundialmente, Don Diego torcia como se estivesse lá dentro do gramado, empurrando os hermanos rumo ao tricampeonato. Porém a disputa de pênaltis contra os donos da casa acabou com o sonho de levantar, pela terceira vez, a taça mais desejada do futebol.
Agora é a vez da África do Sul receber o Mundial. E ninguém imaginaria que nesta oportunidade Maradona estaria no comando. E se Deus escolheu Dios, que assim seja...
A Seleção Argentina, polêmica e taxada por muitos como “arrogante”, vive uma situação no mínimo curiosa. Ao mesmo tempo em que tem atletas em excelente fase e principalmente o melhor jogador do mundo, Lionel Messi, fez uma péssima campanha nas Eliminatórias e por pouco não embarcou para a Copa. Mas em 2010 fez quatro jogos e triunfou em todos. Goleada sobre o Canadá, vitória sobre a Alemanha em Munique, além de Jamaica e Costa Rica. Porém ela não se preocupará em jogar bonito. O elenco se resumirá em resultados positivos. Maradona pode não entender muito bem de esquemas táticos, ter optado em barrar bons jogadores como Cambiasso e Zanetti, mas em uma competição de “tiro curto”, o que importa realmente são o coração, a alma e a vontade de vencer. E no psicológico, Maradona sabe muito bem o que fazer.
Dos 23 convocados por Dieguito, apenas oito já jogaram uma Copa do Mundo, sendo Verón, 35 anos, o único a ter participado de duas edições, 1998 e 2002. O destaque é a linha de frente, que não hesito em dizer que é a melhor do mundo. Messi, Tevez, Higuaín, Milito, Aguero e o veterano artilheiro Palermo. Além do ataque um meio de campo que pode municiar com extrema competência todos esses craques, liderados por Messi e a jóia argentina, Dí Maria. A segurança da zaga fica por conta de “La Brujita ” e de Javier Mascherano. Já a zaga, essa é de causar medo...
Podem faltar experiência e esquema tático. Porém a presença de um “Deus” no banco pode ser o combustível para uma seleção recheada de destaques individuais capazes de trazer para a América do Sul o tão esperado título mundial, que os argentinos não vêem desde 1986. E não preciso dizer quem foi o grande líder daquela conquista... “Olé, olé, olé olé... Diego... Diego...”
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